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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O INFERNO EXISTE MAS NÃO FOI CRIADO PARA VOCÊ




Eu acredito que existe céu e inferno. O céu é o lugar preparado para receber os que aceitaram Jesus e o evangelho redentor; o inferno para os que rejeitaram. Assim a Bíblia diz e eu creio. Na semana passada li e comentei durante celebração, a entrevista que Rob Bell deu à revista Veja (28/11/2012) com o título “Quem falou em céu e inferno?”. Este escritor norte-americano passou a pregar a salvação para todos os seres humanos no final (universalismo), negando assim a realidade do inferno. Neste ano foi convidado a deixar a igreja que fundou, a Mars Hill Bible Church.Bell é inteligente, carismático, conectado e bom comunicador e tem atraído muitos jovens evangélicos no Brasil, especialmente após o lançamento, no ano passado, de seu livro O Amor Vence e seus vídeos muito bem produzidos da série Nooma.
Confesso que diante do pensamento e posicionamento de Rob Bell na referida entrevista, poucas vezes na minha vida vi uma figura religiosa de prestígio se contradizer tanto em um espaço tão curto. Qualquer evangélico de bom senso, que tenha um mínimo de conhecimento bíblico e que saiba seguir um raciocínio de maneira lógica perguntará o que Rob Bell tem que atrai tanta gente.
Uma das crises dele é com a certeza e a convicção que as igrejas e os evangélicos têm de que após a morte existe céu e inferno. “Vamos pelo menos ser honestos. Ninguém sabe o que acontece quando morremos. Não tem fotografia, não tem vídeo”, declara Bell. Sobre isto o Dr. Augustus Nicodemos fez uma colocação muito simples e realista: “É claro que, por este critério, também não podemos ter certeza se Deus existe ou que Jesus existiu, pois não temos nem foto nem vídeo deles – que eu saiba. Nesta mesma linha, ao se referir ao fato de que acredita que Deus ao final vai conquistar todos, diz “não sei se isso vai acontecer, também não sei o que acontece quando morremos”. Aderir a este ralo pensamento, é caminhar pela desgraça de todo evangelho.
Então, não sabemos o que acontece depois da morte. Mas é aí que começam as contradições de Rob Bell. Ao ser perguntado se Gandhi, que não era cristão, estaria no inferno, ele responde: “acredito que está com o Deus que tanto amou”. Isso só pode ser o céu, certo? A resposta coerente e honesta com seu pressuposto seria “não sei”. Da mesma forma, quando a revista pergunta sobre Hitler, se ele está no céu, Bell responde que Deus deu a Hitler o que ele buscou a vida toda, “infernos para si e para os outros”. E acrescenta: “qualquer reconciliação ou perdão, nesse caso, está além da minha compreensão”. Se esta resposta não quer dizer que Hitler recebeu o inferno da parte de Deus depois da morte, não sei o que mais poderia representar. A resposta coerente e honesta deveria ter sido esta:“não sei”, o que significa dizer que ele admite a possibilidade de Hitler ter ido para o céu.
O mais grave e mais importante é que ele rejeita o ensino de Jesus Cristo nos Evangelhos sobre o inferno e o céu. Se Jesus era a personificação do Deus que é amor – e amor é, para Bell, o mais importante, senão o único atributo de Deus – este é um fato que não pode ser desprezado.
Eis alguns poucos exemplos: Mt 5.22  - Mt 5.29 - Mt 5.30  - Mt 10.28-  Mt 11.23 -Mt 16.18  - Mt 18.9 -Mt 23.15  - Mt 23.33  - Mr 9.43  - Mr 9.45  - Mr 9.47 –Lc 10.15 - Lc 12.5 -Lc 16.23 -Mt 3.12 - Mt 25.41 - Jo 15.6 e Mt 22.13. Abra a sua Bíblia e confira estes textos do evangelho de Jesus.
As referências de Jesus ao inferno, como o castigo eterno dos ímpios, formam reconhecidamente um dos temas dominantes do ensino dele, como pode ser claramente visto nos trechos acima. O que espanta é o uso seletivo que Rob Bell faz das palavras de Jesus. Ele ignora por completo todas as passagens acima em que Jesus fala do inferno, mas se refere à fala dele sobre os sofrimentos físicos.
Se Rob Bell diz que não podemos ter certeza de que o céu e o inferno existem, como ele pode então ter certeza que Jesus pregou sobre o amor e o sofrimento das pessoas neste mundo? Todas essas coisas estão no Novo Testamento. É evidente a interpretação enviesada, preconceituosa e selecionada que ele faz, conservando as passagens que lhe interessam e rejeitando as que o contradizem.
Calvino, Lutero e os demais reformadores criam no inferno e pregavam abertamente sobre ele. Contudo, poucos fizeram tanto para diminuir o sofrimento do ser humano.
O que me espanta também em nossos dias é que para muitos, pouco importa se existe ou não o inferno. Muitos cristãos contemporâneos estão mais preocupados com suas prioridades pessoais, por isso não se importam se alguém de grande visibilidade tenta apagar o que Jesus ensinou.
Caro leitor! O inferno existe sim. É um lugar terrível, como descreve as Escrituras, mas não foi criado para os que amam a Deus. Foi criado para ser o lugar de dor e tormento dos que rejeitaram o amor, a graça e o plano redentor de Deus. Realmente espero que não seja o seu caso.
Pense bem nisso!

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